13 de dezembro de 2016

...Olhando de longe, qualquer um diria que aqueles dois se entendiam bem"
Juntos chegaram à conclusão de que o casamento estava um tédio, que o amor havia sumido e que a presença um do outro incomodava mais do que estimulava: nem mesmo a amizade e a ternura haviam sobrevivido. Depois de algumas cobranças inevitáveis, muita DR e lágrimas à beça, optaram por seguir cada um para seu lado. Quando? Logo depois das férias de julho: a gente viaja com as crianças e depois você sai de casa. Perfeito.
Voltaram de viagem mais duros do que nunca foram, o saldo completamente no vermelho. Não era uma boa hora para comprometer o orçamento com um novo aluguel. Ela compreendeu e disse para ele ficar em casa até as finanças se estabilizarem de novo, quando ele então poderia procurar um apartamentozinho.
O casamento seguia um tédio, mas o clima estava mais ameno, sabiam que dali a pouco estariam separados para sempre, então calhava uma harmonização, eles até passaram a sorrir com mais frequência e, olhando assim, de longe, qualquer um diria que aqueles dois se entendiam bem.
As dívidas da viagem foram pagas e, depois de mais uma entre tantas discussões bestas, resolveram agendar de vez a separação: logo depois do aniversário do pequeno Bruninho, que dali a um mês faria 19 anos e media 1m87cm.
Bruninho não quis festa, e o saldo do casal voltou a ficar positivo, mas não por muito tempo: a tevê já veiculava comerciais com a presença do Papai Noel. Natal era sempre uma despesa, e os sogros viriam do interior pra comemorar com a família reunida, melhor deixar passar o Natal e o Ano-Novo. É melhor, também acho.
Em fevereiro a Bia, filha mais velha, inventou de ir para a praia do Rosa com as amigas e ficou o mês inteiro lá, assim que ela voltasse os dois dariam o xeque-mate na relação. Bia voltou e já era quase Páscoa, e Páscoa sem ir pra fazenda da tia Sonia não era Páscoa. Depois da Páscoa, receberam o convite para serem padrinhos de casamento de um afilhado, melhor não criar constrangimento na igreja. Em seguida, foi o aniversário dele, que sempre fica meio caído nessa data, melhor deixar passar o inferno astral. E quando passou, aí foi ela que aniversariou.
Estão casados até hoje. Mas do mês que vem não passa.
Martha Medeiros.
30 de junho de 2016

Diz que os deuses, quando querem nos castigar, atendem aos nossos pedidos. Por mais que o catolicismo nos instrua a agradecer mais do que a pedir, a gente pede. Em silêncio, antes de dormir, a gente pede.
No momento da raiva, a gente pede. No auge da carência afetiva, a gente pede. E pede coisas grandes: que alguém volte a nos amar, que tenhamos sucesso instantâneo, que a dieta dê certo.
Desejos legítimos, mas que, ao serem realizados, não garantirão um pingo de felicidade. A volta de um amor pode nos impedir de amadurecer e resgatar a auto-estima.
O sucesso meteórico pode nos distanciar de princípios básicos. E os sacrifícios para ter um corpo delgado podem nos tornar irritadiços. Os deuses entregam a mercadoria, mas costumam cobrar uma gorjeta e tanto.Todo pedido é uma transferência de poder. Você deseja que alguém, ou algo, uma entidade cósmica qualquer, tome conta dos seus dias. Quer saber? Não fique devendo esse favor para os céus. Cancele a encomenda e meta você mesmo a mão na massa. Seja mais legal com seus irmãos, tome banho de chuva, dê um beijo surpresa em quem você ama, cuide dos seus dentes, aproveite sua juventude, viaje de trem, ande de bicicleta, responda os e-mails recebidos e passe horas dentro do mar. Trate de fazer as pazes com o espelho, de se espreguiçar, de dizer bom-dia pró porteiro e de dançar sozinho no meio da sala. Comece a correr atrás dos seus sonhos, a valorizar 
as coisas simples e a zelar pelo que só você tem: sua vida.
Aos deuses, peça apenas que não interfiram.
M.Medeiros
20 de junho de 2016

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
M.Medeiros



11 de outubro de 2015

Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. 
Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. 
É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. 
Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. 
Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. 
No final, sobreviverão as boas lembranças. 
Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.

Martha Medeiros.
Crônica Desconstruções
4 de agosto de 2015
Do Blog da Dani Moreno, Quem tiver Instagram pode publicar lá, quem preferir pode publicar no Facebook e ainda, quem quiser, pode fazer uma coletânea semanal e postar no blog. 
Não importa se você tem blog ou não, participe com sua rede social preferida!

Minhas únicas exigências: que a foto seja SUA, que publiquem com a #umafotopordia e marquem meu instagram (@danimorenomf) ou o blog (danimoreno.com.br)

Você não precisa fazer todas as fotos, mas é legal pensar em cada produção, cada tema, cada filtro… olhar as coisas com outros olhos. Se inspire, se desafie… e participe!!!

2 de agosto de 2015
Nunca esquecerei minha professora de História. Seu maior desejo era conhecer Roma. Era tão apaixonada por esse sonho que chegou a memorizar o mapa da cidade, julgava-se capaz de caminhar por suas vias com mais desembaraço do que um morador local.
Ela retinha a cidade em pensamento. Sentia o aroma de suas trattorias, a fuligem deixada pelas scooters, a imponência de suas edificações. Aprendeu italiano e adquiriu fluência no idioma. Tinha a viagem formatada dentro de sua cabeça, até parecia que já tinha ido. Mas morreu sem jamais sair do Brasil.
Da mesma forma, lembro uma tia distante que na adolescência se apaixonou por um garoto e decretou para si mesma que, se não casasse com ele, não casaria com ninguém mais. Nunca namoraram, mas ela criava os diálogos de seus encontros, sentia a mão dele segurando a sua dentro do cinema, imaginava seu vestido de noiva, escolhia nome para os filhos que teriam.
O rapaz casou com outra e ela continuava visualizando o sobrado em que morariam, os cuidados que teriam com o jardim, o apoio que dariam um ao outro quando a vida exigisse. Essa minha tia faleceu com mais de 80 anos. Virgem.
Dois casos extremos. Porém, longe das extremidades, na vida mundana de cada um, também há desejos desse naipe, que se realizam apenas dentro da imaginação, se é que o verbo realizar aqui se aplica.
A fantasia é um recurso luxuoso. A fantasia ameniza frustrações. A fantasia alimenta a autoestima sem danificá-la. A fantasia quase substitui o ato concreto.
Quase.
O pensamento fantasioso obedece ao script que determinamos, mas não basta. A realidade é muito mais poderosa. Acontece a nossa revelia, sem cumprir os requisitos que nossa mente inventou. A fantasia é um subterfúgio legítimo, porém os fatos que fantasiamos não merecerão uma única linha na nossa biografia. O que vale é a experiência. Sofrida. Vingada. Curtida. Exaltada. O que for. Mas vivida.
Está aí mais uma coisa que se aprende com a passagem do tempo: pensar não é agir. Pensar é pensar, é proteger nossa vontade, embalá-la, encarcerá-la no idealismo e se conformar com um prazer hipotético. Pensar é sem gosto, sem tato, sem cheiro, sem risco. Vale a pena uma vida sem risco?
Agir, não. Agir é um salto sem rede. Agir é uma viagem, uma vertigem. É ficar disponível para o bem e o mal. Agir é para os audaciosos, corajosos, merecedores do lugar mais alto do pódio. Agir é para quem tem autoconfiança e, no caso de tudo dar errado, ter também o humor necessário para se consolar e seguir adiante. Agir é o mais potente afrodisíaco.
São poéticos aqueles que vivem no sonho, mas tornam-se imunes à sedução.
Martha Medeiros.
Zero Hora.
15/03/2015
28 de junho de 2015
Para as coisas importantes, nunca é tarde demais, ou no meu caso, muito cedo, para sermos quem queremos. 
Não há um limite de tempo, comece quando quiser. 
Você pode mudar ou não. 
Não há regras. 
Podemos fazer o melhor ou o pior. 
Espero que você faça o melhor. 
Espero que veja as coisas que a assustam. 
Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. 
Espero que conheça pessoas com diferentes opiniões. 
Espero que viva uma vida da qual se orgulhe. 
Se você achar que não tem, espero que tenha a força para começar novamente.

O Curioso Caso de Benjamin Button

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Gosto da beira do abismo, sento, e o vejo mais próximo, quando o sinto distante, corro para ele a passos largos, demonstrando assim minha insanidade muitas vezes. Se não o faço, sinto me morta por dentro, a espera da maneira que minha alma sobrevive, na pulsação mais forte que um coração possa suportar. Não sei viver se não for na intensidade da pele, no suor da vida. Não pertenço ao grupo dos que calam por tudo, não definitivamente não pertenço, sou o recomeço sempre, sou dor aguda, felicidade extrema, sou suor, lágrimas fáceis, sou mulher com alma. Angela Manzotti

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“Fui abençoada com um coração meiguíssimo e em contrapartida com um pavio bem curto. Exatamente igual a um vidro: se me jogar no chão, eu quebro... mas se me pisar, te corto”

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